O Terceira Margem nasce depois de um mergulho extenso na existência da infância

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Estudante de Psicologia, a experiência da psicoterapia individual infantil de crianças sob acolhimento institucional. Concluinte da formação em ser Psicóloga, a dedicação na avaliação neuropsicológica infantil em um contexto social e cultural enervado de vieses. Para ser mestra, o estudo de faculdades cognitivas associadas ao bilinguismo escolar – e a percepção de uma infância permeada de demandas, tempo exíguo, e grandes expectativas. Ao tornar-se professora, licenciada em Língua Portuguesa, o espaço da sala de aula no ensino básico público: crianças e adolescentes enfrentando desafios e abandonos, e equilibrando-se em suas demandas psíquicas individuais cotidianamente. Aí, a inquietação e necessidade: voltar-se para a clínica, para o um-para-um, para mais um mergulho intenso e extenso de onde pode emergir um tanto de liberdade (igualmente inquietante, muitas vezes).

Ao estar na clínica, tendo de desligar-se da educação, e, mais adiante, da pretensa carreira acadêmica, vê-se um fenômeno emergir: o espaço, físico e psicológico, precisa ter densidade de infância também. E de adolescência. Precisa ter proposta de convidar, acolher, e se deixar ficar. A clínica psicológica, então, melhor que seja toda ela pensada para crianças e adolescentes, estes protagonizando a razão do espaço ser como tal: quais cores, quanto de luzes, de sons, quais móveis e texturas. Tudo para eles. Por eles. Para que, assim, a saúde mental de crianças e adolescentes receba uns holofotes, umas chamadas de atenção do adulto-quase-todo, que muitas vezes esquece que já foi criança, adolescente, entremeio.

A Terceira Margem emerge da necessidade sentida de que as crianças e os adolescentes tenham, ao necessitar do acompanhamento psicológico, um espaço do qual eles possam se apropriar e, quem sabe, sentir-se como que em casa. E ganha pinceladas importantes de outros caminhos: a prática de yoga e a musicalização infantil. Para que não seja lugar somente de busca-quando-o-problema-se-instala. Mas de busca quando se quer cuidar da criança, do adolescente, de seu bem-estar. Aí, não precisa ter demanda nem encaminhamento. Basta ter as vontades.

Esse bonito nome faz alusão ao conto “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa, onde, ali, as possibilidades existenciais são aventadas para uma possibilidade terceira que quase ninguém vislumbra – ou valida. Nem aqui nem lá, mas numa outra possibilidade que só aquele, que se aventurou canoa adentro, consigo mesmo, conseguiu chegar – e se deixar ficar. Psicoterapia é bem isso: navegar estando em contato consigo mesmo, vislumbrando um alcance de possibilidades que será você a encontrar e escolher, e que, muitas vezes, será uma que ninguém encontrou antes.

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