Mas yoga já?

Aqui acolá penso, e repenso e penso mais, no por que trazer a yoga para a margem do rio. Yoga assim, para os pequeninos, a partir dos seus 5 anos. Pequenos grandes yoguis.

E será que é por que, por ter me tornado praticante, fui achando que a yoga era assim tão bom, e, hedonista que sou, transferi essa sensação de prazer imediatamente aos outros, estendendo a eles?

Foi isso também. O que é bom pra mim pode ser bom para o outro. Então eu ofereço, sempre que posso, sempre que dá. E ainda bem que na margem do rio tem sido possível.

Quando puxo o fio das justificativas, me vem primeiro a certeza de que a yoga proporciona momentos de… leveza. Que os dias vão pesados, a existência cheia de exigências, as exigências cada vez menos existenciais, isso é para todos e para os pequenos também. Pois que haja leveza, eu digo. E sinto, quando pratico yoga.

Pois bem. Essa atividade, física e mental, feita com leveza, trazendo leveza, faz carinho no nosso corpo. Acredite. E proporciona algo que, para alguns, é espécie de milagre: faz a gente gostar demais dessa máquina ininterrupta, tão agredida (por vários lados) no atualmente. Sim, faz a gente gostar do nosso corpinho, seja ele grande, pequeno, musculoso, flácido, diferente do desejado. Que seja. Que seja corpo. A yoga acarinha.

E por ser o corpo o veículo da leveza e do bem estar, e portanto tão amado, é também nele que um dos efeitos poderosos é chegado: o aumento da consciência corporal. Sim, esse fator cognitivo que é uma espécie de refinamento, pode-se dizer, pois exige muito de nosso maquinário e cognição simultaneamente. O aumento da consciência corporal pode facilitar, e muito, o aprendizado de diversas outras atividades físicas, que precisam do nosso corpo consciente para elas. Quanto maior nossa consciência corporal, maior nossa facilidade para um mundo de atividades físicas.

E essa consciência corporal vem carregando muita flexibilidade, muita força, e muito equilíbrio. Tudo isso no corpo – e na mente também. O que a yoga nos faz fazer em cima do tapetinho, no espaço concreto, é exercício para fazermos o mesmo no plano subjetivo, no espaço abstrato, por assim dizer. E digo. Faz isso com a gente. Faz isso mesmo.

Essa montanha de benefícios ganha um presente que conto por último, mas que nem é a menos importante – não há a mais nem a menos importante, nessa margem daqui. O presente é esse: a conexão com o aqui e o agora. Com o tempo presente. E, aqui, presentemente, sinto que não preciso discorrer sobre o tanto de positivo que isso é, no tempo contemporâneo, no dia a dia nosso que vem se dando. É poderoso, né? Bastante.

A yoga é instrumento e fim em si mesmo. É estilo de vida, mudança de postura e pensamento, e lugar de muita, muita felicidade. Por que não ofertar tudo isso ao ser-criança? Por que não contar com todas essas alegrias ainda na infância?

Achei que não deveríamos perder tempo. E por isso ancoramos tão bem esse barco na nossa margem, que, toda semana, se põe a ir e vir, a ser e a navegar…

                                                                                                   Foto: Carol Macedo

 

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