Temos estado aqui, na margem do rio, contemplando o fluxo que a correnteza da existência faz. Esse fluxo é intenso, e, também, de se repetir.
Olhamos para o fluxo e vemos criaturas com os brios agitados, os olhares assustados ou atônitos, a pressa e a exigência da perfeição. Vemos isso tudo junto, engolindo água, sendo engolido por correnteza.
Estamos na margem e chamamos. Damos gritos, até, para nos fazermos ouvir – é que nem somos muito de dar gritos. Aí acenamos forte. Tentando dizer que a correnteza pode ter força, e que por isso podemos, antes do tudo, nos fazer mais fortes e melhor preparados na margem… No aguardo, no antes. Previamente ao mergulho.
De fora do fluxo forte, podemos olhar para ele, analisar e compreender. Respirar. Pausar. E, depois então, se jogar. Sendo livre.